Tomado por Dioniso, mas encantado com Apolo, entre as luzes do classicismo de Goethe e as sombras ou penumbras de seu proprio ultrarromantismo, Holderlin faz a sua leitura renovadora da Antigona de Sofocles. Vai busca-la nao apenas na praca meridiana do A"Em trabalho de reconstituição do método tradutório, a obra analisa elementos como ritmo, som e sentido, evidenciando a originalidade e extensão da tradução do poeta alemão ao transcender leituras canônicas e manter-se fiel ao original grego. Hölderlin procura esclarecer o paradoxo trágico de Antígona, adicionando detalhes lúgubres aos versos que fazem da personagem homônima uma heroína surpreendente. Entendida como desleal ao intento de Sófocles, a tradução de Hölderlin ganha nova defesa nesta publicação, que intercede pela modernização do texto e pelo realce do que já havia de inovador no imaginário clássico."