No período de 2007 a 2016 o Rio de Janeiro virou um grande laboratório urbanístico. Iniciando a jornada com os Jogos Pan-americanos, passando pela Copa do Mundo e encerrando com as Olimpíadas, a cidade transformou-se nada sensivelmente em um canteiro de obras, refletindo uma grande aliança entre o poder público e as empresas privadas. Eduardo Paes entrou no papel do prefeito que toca obras e fez inúmeras intervenções para adequá-la ao novo status de cidade internacional, sede de grandes eventos mundiais. Pegando carona nessa desculpa, Paes encarou o "o problema das favelas" como algo a ser resolvido, algumas sendo ocupadas por poder policial e "integrando-se" à cidade, outras sendo removidas, com suas famílias, suas histórias e sua cultura sendo despejadas de seu habitat natural. É esse aspecto que o livro aborda, fazendo reflexões importantes acerca das remoções das favelas da cidade do Rio de Janeiro.