Este trabalho tem sido considerado representativo da nova dramaturgia paulistana e de um novo fazer teatral, em que o sentimento do ser urbano e sua percepção de mundo é levada a extremos. A relação das pessoas com a metrópole e suas pressões, influenciam brutalmente as relações humanas. Em "Quarto 77" está presente a violência que o cidadão sofre atualmente nos grandes centros - não a violência externa, mas a pressão interna. A violência que sofremos de nós mesmo e de quem está ao nosso lado. Percebemos como pessoas comuns podem carregar um universo inesgotável e surpreendente de fantasmas, alucinações e desejos, através de certo desequilíbrio, um olhar alucinado sobre a realidade. O texto já foi montado duas vezes em SP e possui prêmios e ótimas críticas de nomes como Zeca Camargo e Maria Adelaide Amaral.