Comunicar para persuadir, ou resistir à persuasão, pressupõe um verdadeiro saber quer seja nos setores da publicidade, da prevenção, dos média ou da política. Na verdade, são necessários conhecimentos para produzir discursos, analisá-los e calcular-lhes os efeitos possíveis no recetor. Atualmente, os principais trabalhos de investigação em psicologia da comunicação persuasiva inspiram as principais revistas profissionais de marketing e de publicidade e uma grande parte das campanhas de sensibilização nos domínios da saúde e dos riscos rodoviários. Desde a época heróica da Escola de Yale, cujos trabalhos pioneiros traziam o cunho da propaganda da Segunda Guerra Mundial prolongado pela da guerra fria, o tom deslocou-se progressivamente do mito do produtor todo poderoso para o recetor pensante. Este já não é um verdadeiro alvo manipulado, mas quase um estratega que de facto escolhe, ou não, expor-se em função dos seus objetivos e tratar, de forma aprofundada ou superficial, as mensagens que lhe chegam em permanência, em função do contexto social, dos seus objetivos e naturalmente dos seus conhecimentos, motivações, capacidades e juízos metacognitivos. Nesta preciosa obra, encontramos uma síntese da investigação realizada em Comunicação persuasiva. A sua originalidade está na reunião dos principais resultados dos atuais estudos em psicologia social da persuasão, em pragmática filosófica e análise de discurso para os colocar à disposição de todos aqueles que pretendem compreender, agir ou resistir, isto é, comunicar, porque, de facto, estes desafios tanto estão presentes na conversa comum como nos discursos mediáticos.