Neste livro das sonoridades não se trata só (o que já não seria pouco) de fazer dialogar o domínio sonoro com o visual, o literário, o filosófico, numa salutar transgressão das fronteiras, mas trata-se, como o lembra um de seus fragmentos, de "espalhar ouvidos por toda a parte". É onde aposta do autor beira a alucinação. Porém o que haveria de mais instigante hoje em dia, e tão saboroso, num contexto em que a mediocridade dominante nos converte em zumbis cegos e surdos? (Trecho do prefácio do livro por Peter Pál Pelbart).