Maria Campos. Este era o nome completo da mocinha do interior de Minas Gerais. Pouco, pensava ela. Principalmente se comparado ao da amiga Valentina Vitória Mendes Teixeira Couto. Faltava-lhe o sobrenome do pai, já que fora concebida em uma circunstância trágica. Mas o que pode representar de fato um nome? Valentina, a quem Maria no princípio achara meio enxerida, e que acabou por se tornar uma grande amiga, sabia de cor o significado de todos eles. Da situação adversa, Maria tirou a ideia que a colocaria em uma sequência de aventuras: adotaria em cada lugar por onde passasse uma personalidade que correspondesse ao sentido do nome escolhido. Este é o enredo do livro de Stella Maris Rezende, com ilustrações de Laurent Cardon e uma participação especial do ator Selton Mello, que não apenas faz a apresentação, como também aparece na história como referência afetiva para a personagem principal. A mocinha do Mercado Central tem a peculiaridade de se situar entre o romance, que narra o desenvolvimento de um protagonista, e uma sequência de contos que se desenrolam em diferentes cidades por onde ela passa. A obra fala da vida em uma fase de transformações, cheia de descobertas e desafios. Fala, em síntese, do desejo de liberdade que só é alcançado com a coragem de se reinventar a cada nova relação.