A obra analisa o processo de empoderamento de mulheres migrantes do Oeste catarinense que atualmente são líderes em comunidades da periferia de Florianópolis, a partir de um enfoque em que se articulam as condições de gênero, classe e raça/etnia. O tempo e o espaço onde nasceram e viveram as lideranças, o perfil socioeconômico, a importância da solidariedade oferecida pelas redes de sociabilidade, de vizinhança e de parentesco para sobrevivência das imigrantes, o processo de aculturação como uma forma de poder alternativo e o imbricamento entre as dimensões gênero, classe e etnia são discutidos e apresentados neste livro. Mostra-se a importância do entrelaçamento da vida pessoal com a estrutura social e ressalta-se a contribuição dos estudos feministas e das metodologias qualitativas no trabalho com mulheres nas comunidades de periferia, no processo de construção da cidadania e na democratização das relações sociais.