O livro enfoca a privatização bancária no Brasil, conferindo especial atenção ao caso do Banco do Estado de São Paulo, Banespa. Inicialmente, discutem-se as vantagens e desvantagens de empresas públicas em relação a empresas privadas reguladas. A intenção é mostrar em que medida a provisão pública é preferível à provisão privada com regulação governamental associada. Em seguida são analisadas as motivações para a criação, trajetória e extinção dos bancos estaduais, em particular o Banespa, à luz da teoria apresentada. A análise mostra que os bancos estaduais, ao longo de sua história, tinham objetivos distintos daqueles observados em seus concorrentes privados, sendo esse um dos determinantes do desempenho dos bancos estaduais na dimensão lucro. Por fim, são analisados o leilão do Banespa e a venda do banco paulista para o banco de capital espanhol Santander. Os principais resultados desta análise indicam a inviabilidade de bancos públicos estaduais no ambiente macroeconômico e regulatório pós-Plano Real, especialmente quando se constata que a maximização de lucros, em geral, não era levada em consideração pelos controladores desses bancos.