Mais que um certo ar piedoso ou uma espécie de simpatia camarada, a bondade é o fundamento oculto de todo e qualquer fruto que uma alma sonhe alcançar, seja na sua oração, seja no seu apostolado. Quantas palavras piedosas não perdem o seu sentido quando vão desacompanhadas de um amor que se preocupa pelo outro? Quantas obras aparentemente caridosas não perdem o seu mérito por não serem revestidas de bondade?\nEstas páginas procuram mostrar que a verdadeira bondade consiste em nada menos do que procurarmos – com os pensamentos, as palavras e as ações – sair de nós mesmos, das preocupações cansativas com a própria vida e ir ao encontro das necessidades dos outros, como Deus, fonte de todo o bem, faz na sua Providência.\nAfinal, como nos ensina Cristo, só Deus é bom (Mc 10, 18), e todo o ato de bondade é imagem da bondade divina, pois procede do espírito de Jesus.