A sorte sempre foi uma estrela dos contos populares. Em "Pode entrar, Dona Sorte", o Grupo Confabulando de Contadores de Histórias trata dos infindáveis caprichos dessa senhora. Em "Hanako Chapelão", por exemplo, a menina Hanako é "condenada" por uma aranha, símbolo da sorte, a viver com um chapéu enterrado até o pescoço, servindo de gozação para os moradores da cidade, até encontrar o verdadeiro amor. Já em "As três doceiras" uma jovem preguiçosa recebe ajuda de três mulheres muito misteriosas que conseguem livrá-la de passar o resto da vida fingindo ter muita disposição para o trabalho. "Dois irmãos, dois destinos", mostra como a sorte pode mudar de uma hora para a outra em função do comportamento de cada um diante da vida. Mas, ao fim do livro concluímos que boa sorte mesmo teve quem se entregou à leitura destas histórias, capazes de entreter e de fazer refletir.