Analisa, com prudência e elegância, as causas da atual relação médico-paciente, trazendo para o leitor conceitos e citações filosóficas numa linguagem fácil e agradável. O leitor tera a satisfação de rever conceitos relevantes do dia-a-dia da prática médica, assim como terá a oportunidade de indentificar a genial figura médica e humanista do autor. APRESENTAÇÃO Medicina, Judaísmo e Humanismo são três palavras que se combinaram muito cedo na história do Brasil. Fugindo da Inquisição em Portugal, um dos primeiros judeus que buscou abrigo em nossa terra foi o médico Jorge de Valadares, empossado em 1549 no cargo de físico-mor da cidade de Salvador, então sede do Governo Geral. A partir dessa data, segundo pesquisas históricas consistentes, foram judeus ou cristãos-novos (convertidos) quase todos os médicos que atuaram no Brasil, do século XVI até meados do século XVIII. Herdeira de séculos de expressivas contribuições à medicina brasileira, a comunidade judaica de São Paulo decidiu, na década de 1950, oferecer à cidade uma instituição hospitalar que a honrasse com a excelência de seus serviços. Sob a liderança do urologista Manoel Tabacow Hidal, assim nasceu, no dia 20 de setembro de 1955, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein (SBIBHAE). Quatro valores tradicionais da cultura judaica inspiraram sua criação: Refuá (Saúde), Chinuch (Educação), Mitzvot (Boas Ações) e Tsedaká (Solidariedade). Hoje, a SBIBHAE orgulha-se de possuir o mais avançado hospital da América Latina; um Instituto de Ensino e Pesquisa com atuação de vanguarda nos mais modernos campos da investigação médico-científica; e um Instituto de Responsabilidade Social que, entre outras ações, responde pela promoção e manutenção da saúde de mais de 10 mil famílias carentes de São Paulo. Mas não abriu mão dos quatro valores que nortearam sua fundação. Integrando medicina, judaísmo e humanismo, a SBIBHAE é um exemplo prático da síntese que Auro del Giglio tão brilhantemente investiga neste livro. Estou certo de que suas reflexões enriquecerão ainda mais a prática cotidiana de nossos profissionais ? judeus ou não.