Na poesia, me agradam os sonetos, Quatorze versos num resumo. Rimados, dois a dois, nos quartetos, Nos tercetos, fechando o rumo. Com muitas sílabas, não abrigo, A uma síntese maior me obrigo. Com menos sílabas, maior síntese, Se errado, que provem a antítese. Sonetos têm início, meio e fim. Nos tercetos, procuramos o fecho Que, ao tema, nos traga o desfecho. P’ra que se acabe o soneto, enfim, Ao último verso fica a sorte De encerrá-lo, de forma forte.