Um diálogo de amor pode ser visto como um espelho de enamorados, no qual as palavras eventualmente hiperbólicas não são defeito, mas perfeição, já que o decoro das personagens exige que falem dessa maneira. Assim, a prosa amorosa não é obra de enamorados, mas pintura ou comédia que argumenta sobre a verdade do amor. Sobre a infinidade do amor é, no dizer de Speroni, um agradável labirinto que não deve ser confundido com a experiência de amar, mas sim com a de compor argumentos a respeito dos enamorados, de modo que os imite sem afeto pela palavra.