a história do antigo egito fascina a muitos por sua arte exótica que, em muitos casos, prevaleceu por séculos seguindo os mesmos princípios. mas não apenas pelo quesito artístico, cardoso (1987) cita que um dos motivos para o interesse por esta civilização sejam suas características de longevidade (aproximadamente três mil anos de existência) e pela continuidade de seus aspectos culturais praticamente imutáveis, salvo poucas exceções em períodos determinados, sempre ligadas a influências de estrangeiros ou por ideais diferentes de reis (como no caso do faraó akhenaton), mas que não retiraram a essência da cultura até hoje conhecida. “é um fenômeno fascinante o de uma civilização que, através de numerosas transformações, arrosta impávida várias dezenas de séculos sem perda das características essenciais que definem sua especificidade.” um segundo fator seria um “fascínio exótico e nostálgico exercido (...) dos elementos culturais (...), em particular a realeza de caráter divino e a religião funerária tão elaborada.” (cardoso, 1987:10) o passado que não nos incomoda, não nos estimula e não nos toca de alguma forma, não merece ser estudado” (james pinsky)