"[...]Partindo da aceitação da ideia de que o recurso a escutas telefónicas, em investigação criminal, há-de sempre surgir como uma última ratio, desenvolve depois os aspectos mais controversos em termos interpretativos das soluções encontradas pelo legislador, tudo conduzindo a um breve conjunto de conclusões onde, tomando posição sobre a bondade da reforma, que acompanha, não deixa de elencar alguns aspectos mais discutíveis que importa não deixar de levar em devida conta. Há, pois, que saudar a chegada de Helena Susano ao mundo complexo e variado da publicação em torno de temas que, configurados inicialmente como jurídicos, se projectam no todo social e no quotidiano dos cidadãos, tantas vezes perante a absoluta inconsciência destes. Diante do paradoxo axiológico que caracteriza os nossos dias, importa distinguir a qualidade e louvar o exercício do dever cívico de uma participação comprometida. Como faz aqui a autora dando, desta forma, uma outra dimensão à sua condição de Juíza de Direito! " Laborinho Lúcio