Poucos entre nós, brasileiros, dominam a arte do discurso como Nélida Piñon, algo que a escritora faz vicejar em tudo quanto lhe seja terreno de expressão. Ela é ensaísta o tempo todo. E isso - essa qualidade - diz muito sobre o alcance deste volume. Título que não esconde a curiosidade e o conhecimento da escritora sobre a tradição ibero-americana, Filhos da América abraça - contém - um continente. De assuntos. De ideias. De riscos. De afetos. De apostas. De saudades. De paixões. De - por que não? - obsessões. É assim, sempre por meio da literatura, que a escritora enfrenta a frouxidão moral dos dias correntes, colocando o dever da escrita de pé, de prontidão, cabeça erguida, defendendo o lugar fundamental das "culturas que a modernidade asfixiou" e lhes celebrando a resist&ec irc;ncia: "São elas que me levam a perambular pelo mundo tendo verbo e imaginação como atributo".Poucos entre nós, brasileiros, dominam a arte do discurso como Nélida Piñon, algo que a escritora faz vicejar em tudo quanto lhe seja terreno de expressão. Ela é ensaísta o tempo todo. E isso - essa qualidade - diz muito sobre o alcance deste volume. Título que não esconde a curiosidade e o conhecimento da escritora sobre a tradição ibero-americana, Filhos da América abraça - contém - um continente. De assuntos. De ideias. De riscos. De afetos. De apostas. De saudades. De paixões. De - por que não? - obsessões. É assim, sempre por meio da literatura, que a escritora enfrenta a frouxidão moral dos dias correntes, colocando o dever da escrita de pé, de prontidão, cabeça erguida, defendendo o lugar fundamental das "culturas que a modernidade asfixiou" e lhes celebrando a resistência: "São elas que me levam a perambular pelo mundo tendo verbo e imaginação como atributo".