Convidado por várias famílias a participar da oração que rezavam todo sábado à noite - cada encontro comportava a liturgia do perdão, a reza do terço (cada dezena era introduzida por um breve texto) e as liturgias da Palavra (o texto do dia) e da Paz - o autor ficou admirado pelo fervor que encontrou nesta oração. Aos poucos, propôs que rezassem a partir de um ícone ou um quadro representando um dos mistérios. Para a maioria dos participantes foi uma descoberta inesperada, por possibilitar-lhes compreender melhor os mistérios da fé cristã. Sem o dizer, as pessoas exerciam uma forma nova de 'lectio divina' (leitura divina), prática muito antiga na Igreja orante de assimilação profunda da Palavra de Deus. Na Idade Média se dizia que os vitrais das catedrais eram a Bíblia do povo analfabeto. Pode-se dizer hoje que a iconografia cristã é uma linguagem acessível a todos aqueles que buscam a Verdade. Contemplando, rezando diante do Belo de um ícone ou de um quadro, estamos na sala de espera do Reino. Trata-se 'de multiplicar em toda a parte a eclosão da beleza, para que a vida eternize-se'.