René Thiollier compõe, com Mário e Oswald de Andrade, a seletíssima trinca que esteve presente nos dois mais emblemáticos eventos de nosso Modernismo: a Semana de Arte Moderna de 1922 e a Viagem a Minas em 1924. Neste estudo, intenta-se apreciar sua obra literária a partir do exame dos suportes de publicação, dos paratextos e da configuração das instâncias narrativas de seus principais livros. Há em Senhor Dom Torres, de 1921, traços que anunciem os experimentos estéticos que despontarão nos anos subsequentes à Semana? As conquistas modernistas têm lugar em A Louca do Juqueri, de 1938, e em Folheando a Vida, folhetim cuja publicação atravessa os anos 1940? Analisar parte das numerosas referências a escritores de língua francesa - indubitável reflexo do vigor das relações literárias Brasil-França na primeira metade do século XX - naqueles títulos é, igualmente, um dos propósitos deste trabalho.