Porque acredita na sobrevivência da razão, Manuel de Diéguez empenha-se, nesta obra, numa análise crítica das distinções artificiais, estabelecidas pelos historiadores, entre o religioso e o político, lançando, assim, os alicerces do que poderia ser uma autêntica "ciência das religiões". O autor procura avaliar o génio político, a elevação moral e a "loucura" fecunda de Moisés, Maomé, Paulo, Buda e outros cujos sonhos disciplinaram o génio humano e guiaram os primeiros passos das nações. Mostra, por outro lado, quanto o nosso racionalismo oficial e as suas "teorias científicas" estão penetrados pelas mitologias. Texto, a vários títulos, iconoclasta mas que nos torna mais lúcidos a respeito dos nossos primeiros pedagogos.MANUEL DE DIÉGUEZ é autor de uma obra numerosa e diversificada cujo interesse e importância ultrapassam os limites da filosofia e abrange áreas como a religião, a literatura e a política.