Poliana Paiva começou a desenhar num momento em que não aguentava mais, depois de 7 anos publicando quadrinhos em seu instagram @romanticuzinhos, usar um template da internet com ilustrações previamente programadas. Afinal de contas, isso não garantia a ela nem a autoria nem a personalidade que seus textos mereciam. Em sua trajetória na internet, seja nas personagens criadas em seus vídeos e fotos-performance, onde contracena com seu vibrador e com um clitóris de resina, seja em suas tirinhas que só falam de cu, caralho, bolas, períneo, clitóris, pentelhos e umidades, Poliana sempre foi uma artista que soube muito bem ligar o foda-se, desprendendo-se da necessidade de agradar, dizendo o que lhe desse na telha, do jeito que lhe desse vontade, pois falar sempre lhe foi preciso. Nas tirinhas desse livro, o leitor vai se deparar com diálogos onde as mulheres dão voadoras em machos sem noção, com trocadilhos infames, e, também, com alfinetadas nos padrões estéticos e comportamentais (...)