Cineasta culto e exigente, senhor absoluto de seu meio de expressão, Stanley Kubrick produziu relativamente pouco: apenas treze longas-metragens em quase meio século de atividade. Foi o bastante para dar ao cinema meia-dúzia de obras-primas em diferentes gêneros, transgredindo sempre os limites destes últimos com seus filmes radicalmente originais, que desconcertam até hoje a crítica e o público. Neste livro, o grande crítico francês Michel Ciment faz o mais completo compêndio crítico da obra do recluso cineasta, unindo textos analíticos a entrevistas e depoimentos do próprio diretor e de seus colaboradores. Seu objetivo, plenamente atingido, é o de mostrar a coerência estética e filosófica por trás de obras aparentemente tão díspares como 2001 e O iluminado, Lolita e Laranja mecânica, Barry Lyndon e Nascido para matar. Em todos eles vibram as tensões entre razão e instinto, ciência e arte, amor e morte que caracterizam a filmografia de um dos grandes artistas do século XX.