você já se surpreendeu sendo amado por outro homem? você já se sentiu a pessoa mais importante do mundo, sendo amado de uma forma indescritível? o que você faria no lugar do narrador?amaria, também, como ele o amou? aqui o autor narra uma epopéia deste amor descomunal.era amor demais. o mais verdadeiro de todos. amor, inclusive, com a permissão da esposa do personagem principal. mas a inveja e a traição de uma confidente, põem tudo por água abaixo. de uma relação prazerosa e vivificadora, restaram a indiferença, a dor e o silêncio. a covardia emocional do zz., fez do narrador um quase-suicida. e esta covardia se aplica a toda forma de amar: não só entre homens, porém, a todos àqueles (as) que se jogam numa relação de prazer e felicidade . um, fez de suas fraquezas, a forma para se eximir de uma relação que ele mesmo provocou. quando percebeu que a relação se tornou pública (talvez, por ele mesmo), se enclausurou e ignorou o seu amado. a libélula esfuziante se transformou num macho íntegro e indestrutível, como ele sempre quis, para impressionar os outros. gay ! – ele não –, eu! o seu silêncio foi mais esmagador do que o próprio amor que envolvia os dois, e sua indiferença arrasou a vida deste autor, que custa para se restabelecer. e ele vivendo como se fosse o mais puro dos anjos... neste livro, as palavras cortam, sangram, doem e dilaceram os corações de quem já amou e se viu ignorado (a) pelo amor que está incrustado dentro do outro coração, mas que a ignorância, a leviandade e a covardia comportamental impedem uma reaproximação. tem sofrimento demais, mas também, as delícias de um amor proibido.