Certa noite um pernilongo e uma pernilonga se viram circulando a mesma lâmpada. Foi um charminho pra cá, outro pra lá, e os pernilongos passaram a noite se paquerando e fazendo o jogo da sedução. Parecia ter sido amor à primeira vista. Alguém precisava tomar a iniciativa, mas a emoção era tanta que parecia não encontrarem palavras para se declarar. Tentavam dizer alguma coisa, se confundiam, as palavras se misturavam e, naturalmente, a noite transcorria sem que eles conseguissem se entender. Tanto embaraço seria causado pelo calor da paixão? Ou seria o calor da lâmpada acesa que trazia tamanha confusão?