Amputados de nossos instintos e cortados de nossas necessidades fundamentais, não passamos de animais desnaturados que não sabem mais respirar, alimentar-se, mover-se e defender os limites do próprio território, de modo que a mínima fraqueza, o primeiro contágio, o menor ferimento nos mergulham nesta angústia característica de seres dependentes e temerosos. Por sua maneira de abordar a realidade ao mesmo tempo rica e complexa do corpo, a eutonia de Gerda Alexander se apresenta como uma via excepcional aos que desejam reatar com as raízes profundas de seu ser. Existe um parentesco evidente entre a eutonia e a psicologia analítica: ambas propõem o mesmo retorno às fontes, com vistas na consciência de si e na individuação.