O tema central deste livro são as relações entre literatura e poder na República Velha. Simbolismo, parnasianismo, passividade em relação a modelos importados, racismo, dramas da imigração, preconceitos e imposições ideológicas são analisados a partir de um crivo crítico que questiona o cânone literário como espaço de cristalização de valores opressivos das classes dominantes. Segundo o autor, o cânone tem servido a um projeto autoritário de manutenção do poder, combate às diferenças e esvaziamento das múltiplas identidades do território brasileiro.