Incrível tal como uma lenda constante da rapsódia de Mário de Andrade, soaria inconcebível a história de que um mosquito, ao picar uma mulher grávida, pudesse levá-la à gestação de um bebê de cabeça pequena. Daí, talvez, abrolhar-se a possibilidade de fantasias em torno de um tema tão temível e, ao mesmo tempo, que delineia sob um matiz de fábula. Junte-se a isso uma instabilidade política pela qual passa um país e teremos, como resultado, uma enxurrada de incertezas, dúvidas que aterrorizaram qualquer gestão, qualquer gestação. Parece-nos estória de Macunaíma, parece-nos estória de pescador, parece-nos estória de governo que aspira mudar o foco instaurado sobre sua crise ética. E, quem sabe, tudo isso, só pareça mesmo. [...]