Adolfo Gutkin traduz, teatralmente, a compaixão pelo que é mais profundamente humano, com todas as suas fragilidades. Sua política é a identificação das opressões, das injustiças. Ele se ofende com elas. Mas não aponta para a guerra, e sim, para a solidariedade. Neste sentido, a política de Gutkin se resume em um grande amor pelo que é humano. E pelo sentimento de fraternidade pelo ‘‘Outro’’. O ‘‘Outro’’ pode assumir várias faces, segundo a política de Gutkin: pode ser um negro, um cigano, um imigrante, uma mulher, um estrangeiro, e todos aqueles que são discriminados e ofendidos socialmente. No território do Multiculturalismo, quando falamos em outro pode se entender uma outra cultura. Mas o Outro pode ser compreendido, também, como uma outra ideologia política, um outro país, um outro time de futebol, uma outra religião, um outro colega professor ou, ainda este outro, silencioso e crítico, com o qual dialogamos constantemente dentro de nós. [...]