Em 1118, doze anos depois da Primeira Cruzada, um grupo de nove cavaleiros obteve permissão do rei cristão Balduíno II para se estabelecer no antigo Templo de Salomão, em Jerusalém, no lugar onde hoje existe a mesquita de Al-Aqsa. Pretendiam criar um contingente militar permanente para proteger os peregrinos que se dirigiam à Terra Santa. Dez anos depois o papa Honório II formalizou a existência da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, formada por monges combatentes que faziam voto de pobreza e castidade. Subordinados diretamente aos papas, independentes de qualquer poder secular ou eclesiástico, eles logo adquiriram grande reputação como principal força militar cristã na linha de frente contra os muçulmanos. O manto branco que usavam, com uma cruz vermelha no lado esquerdo do peito, se tornou famoso em toda a Cristandade e respeitado nos campos de batalha. "Um cavaleiro Templário", dizia São Bernardo de Claraval[...]