Albertina Belmonte chega à idade adulta em plenos anos setenta. Apesar dos ventos de liberdade que sopram desde os anos sessenta, é reprimida pela família, que cultiva todo o peso de uma tradição em que as mulheres têm sua existência atrelada unicamente às tarefas domésticas. Quando Albertina abre o sótão trancado desde o misterioso desaparecimento de seu avô, Roberto Belmonte, descobre os livros que ele deixou e também a chance de se apropriar de seu próprio destino. Assim, empreende uma viagem só de ida em direção à descoberta de toda sua força e a beleza de ser quem a sua vontade pede. Em seu caminho, na Belle Époque montevideana, conhece Célia Ocampo e Eusébio Garay, que, sem querer, fazem com que reflita sobre sua existência e seu lugar no mundo, ajudando-a a tomar a grande decisão de sua vida. Albertina Belmonte é uma mulher que inspira pela beleza de seu processo de libertação, em que ela mesma se delineia com traços firmes em qualquer tempo.