O livro registra os 26 anos de percurso da dupla de arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, do reconhecido escritório Brasil Arquitetura, de São Paulo, com textos críticos de Cecília Rodrigues e Vasco Caldeira, alem de apresentação assinada pelo professor Max Risselada (Delft/Holanda) e do arquiteto João Filgueiras Lima [Lelé]. Além de projetos residenciais, o livro revela como o Brasil Arquitetura tornou-se referência em questões de recuperação, adaptação e intervenção, principalmente em espaços culturais. Segundo Cecília Rodrigues, o que pauta o trabalho dos arquitetos é a forte ligação do projetar com a história, a história da arquitetura e a cultura brasileira nos seus diferentes tempos e matizes, inclusive o popular e o vernacular. Os quase quinze anos de convivência com a arquiteta Lina Bo Bardi (com obras como SESC Pompéia, Centro Histórico de Salvador) revelam marcas profundas. Entre outros, são abordados os projetos de integração do Teatro Oficina a um novo centro cultural e comercial, do Museu Afro Brasil no parque Ibirapuera, do Museu Rodin, em Salvador, e o Bairro Amarelo em Berlim (projeto vencedor de concurso internacional). É ressaltada, ainda, a arquitetura de mobiliário e objetos desenvolvida por Ferraz e Fanucci na Baraúna, sua marcenaria própria desde 1986.