Um livro sobre o tema "hipnose" aparentemente guarda um vínculo de estreita relação com visões as mais variadas possíveis. Desde o misticismo até os estereótipos dos pêndulos, navegamos numa vasta rede de fantasias e concepções nas quais repousa boa parte dos grandes equívocos do método hipnoterápico. Por um lado, há aqueles em que a visão cientificista e cartesiana aprisiona o método e o paciente a limitadas formas de atuação com riscos incontestáveis. Por outro, às vezes ocorre a vinculação da técnica hipnótica a cuidados de natureza mística exageradamente caricatos. As vinculações entre as antigas religiões do Oriente e a moderna concepção da Física das altas energias nos guiam cada vez mais para um novo modelo baseado nos postulados holísticos dos povos da velha China e da Índia dos iogues e vedas. A inquestionável interação do mundo espiritual com o mundo material e suas implicações, todas concretas, redimensionam as relações humanas na trilha da paz universal. A hipnose e seu estudo aprofundado - com base nos conhecimentos da tradição milenar oriental - vem para mudar definitivamente os referenciais terapêuticos simplistas. Com isso, deixa bem claro que pode muito, sem com isso poder tudo. Por tudo isso, nossa contribuição à hipnoterapia é rica em novidades que de novo não têm nada. Valorizamos muito o capítulo da energética (meridianos acupuntúricos, nadis, chacras, aura energética). Partilhamos da premissa de que Deus é uma realidade. Difícil será sempre provar que Ele não existe. Afinal, como provar a existência de tantas manifestações invisíveis aos olhos teimosos daqueles em que a cegueira se constitui na única realidade presente em suas vidas? Espero não chocar as mentes mais coléricas e contrárias a essas verdades. Entretanto, das duas uma: ou o que digo e faço é uma grande heresia, ou precisamos rever papéis e caminhos para que cada uma das vertentes possa trazer o que tem de melhor no sentido da ajuda ao ser humano. Isso, mais que a polêmica, é o que importa.