A arte sagrada, como toda a arte, exige a transposição da beleza, do sentimento à ação, do pensamento à matéria. Assim, a arquitetura, mais evidentemente ainda, exige essa transposição, não pura, mas ligada à técnica, produzindo então a autêntica arquitetura. É arte de formas, comprometida com uma técnica que, se mais perfeita, melhor ajuda à consecução do objetivo arquitetônico. Arte e técnica trazem, daquela, seus objetivos de beleza, desta, seus objetivos utilitários. Quando se projeta um edifício, torna-se necessário conhecer sua função o melhor possível, mas também e primordialmente deve presidir a tudo um espírito que transforme o corpo inerte da matéria em alma viva da arquitetura. A arquitetos, construtores e, sobretudo àqueles que devem tomar as decisões sobre o projeto e construção de igrejas, o conteúdo deste livro coloca em suas mãos o pensamento da Igreja, pós-Concíclio Ecumênico Vaticano II, que deve nortear o projeto e a construção do templo sagrado.