Este livro analisa as práticas da pedagogia do assistencialismo em três instituições de caridade que atenderam à família e à infância pobres em Belo Horizonte (MG), no período de 1930 a 1990. Foram exaustivamente investigadas as instituições assistenciais de maior prestígio social que atuaram junto aos pobres, especialmente, suas práticas de caridade e educação que se organizaram na tentativa de moralizar homens e mulheres considerados ameaçadores à ordem social. A partir de diferentes concepções educativas e suas práticas, essas instituições revelaram trabalho missionário de catequese para educar os pobres, disciplinando-os para transformá-los em trabalhadores e cidadãos. A ampla pesquisa documental do autor, revelou o trabalho incansável de um exército de assistentes que se organiza para praticar a caridade e educar os pobres, mostrando o quanto as crenças religiosas se incumbem de moldar esse pensamento assistencial. Assim, vicentinos, kardecistas e orionitas representariam ao fim e ao cabo de sua atuação orientada por essa cultura da assistência aos necessitados, um caminho seguro para a salvação ou regeneração de suas almas conforme apregoam suas doutrinas.