Enquanto o termo subjetividade foi empregado por Georg W. F. Hegel, no início do século XIX, para dar conta de algo intrínseco ao homem e que, sendo determinado pelo espírito absoluto, o ultrapassa, o sujeito se caracteriza pelo desejo inconsciente que o constitui como singularidade, estando inserido numa época e numa história de vida específicas. A educação, a primeira das profissões impossíveis enumeradas por Sigmund Freud, corresponde ao mais essencial fator de promoção da vida em sociedade. De um lado, a educação primária, prestada no lar pelos pais, começa a moldar a subjetividade; de outro, a educação secundária, ocorrida nos anos escolares, corresponde a um período de socialização e convívio com o diferente, encarnado em professores e colegas. Os 16 artigos reunidos neste livro se organizam em quatro eixos matriciais, que procuram alinhavar um fio condutor. No primeiro deles, destaca-se o auxílio do referencial teórico da psicanálise para a compreensão dos avatares da [...]