Uma personagem, e esta talvez seja uma das únicas diferenças entre as personagens e as pessoas, vive quanto tempo for necessário para sua história ser contada. Às vezes breves passagens, às vezes mais de um século. Seja como for, como diz Juca Kfouri em seu prefácio, 'feliz mesmo é o velho Geraldo Lunardelli, o contador de histórias deste livro, que viu Fried, viu Leônidas, viu Pelé e encontrou quem tivesse graça e talento para reproduzir tudo o que ele pôde contar'. Estamos agora no início de 1900. Seu amigo Friedrenreich, El Tigre, é aqui o ponto central de suas memórias, que , na forma de pequenas histórias reunidas, relata o grande mérito de quem primeiro despertou os olhos de todo o mundo e do Brasil para o que viria a ser identidade nacional- o nosso querido futebol.