onda. a onda transporta energia, mas não transporta matéria. cor é onda. violeta é cor. a última cor do espectro visível e como seu oposto direto tem o vermelho. De todas as mortes, as secretas são as mais doloridas e as microscópicas, imensas. Sejam células, neurônios e/ou esperanças: matamo-nos diariamente. Liz e Nina morrem e renascem a cada frase. Em cada encontro regam seus brotos e arrancam matos de seus jardins com a doce loucura das que teimam em seguir amando seja a si mesma, seja ao outro. Suas catástrofes ganham contornos e se desmancham de maneira fluida e contínua, e tudo as mobiliza. Tudo. Tudo vira matéria poética para elas que tecem como Moiras seus próprios destinos e brincam de profanar tradições e velhas formas de amar e morrer, com a sabedoria das deusas expulsas de paraísos. Paraísos construídos para que permanecessem domesticadas, nutrindo, com suas entranhas e sonhos, a fome insaciável do patriarcado, enquanto elas próprias minguam como (...)