A história das irmandades religiosas no Brasil colonial abre uma janela para a compreensão de identidades, alianças, conflitos e tensões que permeavam a sociedade escravista. Este livro examina especialmente a formação das irmandades de pardos na América portuguesa. Estimulando a criação de devoções próprias, essas instituições se espalharam por diferentes cidades coloniais entre os séculos XVII e XVIII e oferecem ao historiador a possibilidade de pensar sobre algumas questões relevantes para esse período: Quem eram os devotos pardos? Suas agremiações desafiavam, ainda que simbolicamente, as hierarquias coloniais fundadas sobre as noções de honra e ascendência? Como elas se inseriam naquela sociedade? Mestiçagem, identidades e hierarquias sociais são temas privilegiados neste livro, que, baseado em uma pesquisa documental inédita, ilumina a dinâmica das relações entre religião e sociedade no Brasil escravista