Na definição da antropologia como ciência da alteridade ou da crítica cultural, o trabalho de campo desempenha papel fundamental. Determinados aspectos do trabalho de campo são analisados neste livro, enfocando principalmente a relação observador-observado tal como se apresenta nos depoimentos de antropólogos e não-especialistas entrevistados. O autor investiga a produção dos textos etnográficos e sua recepção entre os grupos pesquisados, colocando em questão os limites entre observação e participação. O destaque é dado especialmente às comunidades religiosas afro-brasileiras e às transformações ou legitimações das tradições religiosas decorrentes do contato entre o universo da academia e o dos terreiros.