A Dialética do Eterno Presente, obra máxima de Louis Lavelle, foi comparada por Paul Ricoeur a uma mina de ouro, e chamada por outros leitores de verdadeira catedral filosófica e o maior sistema de metafísica do século XX. Neste primeiro de quatro volumes, o autor escrevendo em plena época de desprestígio da noção de ser, motivada pelo positivismo e pelo neokantismo defende, a um só tempo, os conceitos de univocidade, universalidade e participação. Com primorosa tradução de Carlos Nougué, que reproduz a beleza da prosa lavelliana, o ensaio é estruturado em artigos curtos que constituem uma rigorosa cadeia argumentativa. O tempo, o eu, a eternidade, Deus e o conhecimento estão entre as muitas noções que são discutidas à medida que se descreve analiticamente a ideia do ser. Na introdução e na conclusão, Lavelle analisa os acertos e insuficiências, conforme a filosofia do espírito, de correntes como o empirismo, a fenomenologia e, sobretudo, o existencialismo.