A obra é, principalmente, um estudo sobre a comunicação e a cultura, uma vez que os álbuns retratam os modos e as circunstâncias em que as famílias viveram e se desenvolveram, como cada membro se mostrou e se arquivou. O autor recorreu à antropologia, à semiótica, à pesquisa de campo e às teorias da narração contemporânea para captar o papel desempenhado pela fotografia, em especial pelos álbuns de família, nas sociedades latino-americanas. Assim, esta é uma investigação sobre a sociedade e os modos de representação ou auto-representação de seus membros, na medida em que as imagens de um álbum revelam não só a intimidade de uma família, mas também, por extensão, a intimidade de uma sociedade: seus ritos, fetiches, hierarquias, desejos e máscaras, correspondendo ao desnudamento de um inconsciente social.