Durante muitas décadas de altas taxas de inflação, grande parcela da população encontrava nas aplicações em poupança uma alternativa para preservar os seus valores. Mesmo sem acompanhar os negócios das empresas, o cenário político e os impactos dos avanços tecnológicos na sociedade, sentiam-se sempre protegidos. Eram investidores passivos. Foi um longo período em que se consolidou a cultura da poupança. Um traço característico de países em desenvolvimento. Paradoxalmente, em países mais desenvolvidos, as taxas de inflação sempre foram muito baixas. São culturas amadurecidas com o tempo. A população tem hábitos proativos: acompanham os negócios das empresas, o desenvolvimento tecnológico, a política, os rumos das ações governamentais e investem. Alguns, individualmente. Outros, através de fundos de investimentos. Outros, ainda, adquirindo ações de empresas e negócios em que acreditam, tornando-se mais que investidores, sócios ocultos. Não apenas preservam os seus valores lucram [...]