A obra examina o papel da grande imprensa nacional, entre 1985 e 1992, quanto à hegemonia das ideias ultraliberais personificada na formação de uma Agenda que enfatizou a precedência da esfera privada (notadamente o mercado) sobre a esfera pública. Concretamente, esta Agenda foi marcada pela abertura da economia, pela privatização, pela desregulamentação e pela confiança nas virtudes do mercado livre, entre diversos outros pontos. Por meio da análise da opinião (sobretudo editoriais mas também colunistas) e mesmo de matérias jornalísticas dos quatro principais periódicos diários da grande imprensa brasileira, isto é, a Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e o Jornal do Brasil, procura-se desvendar as posições adotadas perante a referida Agenda, além das estratégias utilizadas para sua consecução. Conclui-se que, por mecanismos diversos, a grande imprensa contribuiu decisivamente para a introdução da Agenda (ideológica) ultraliberal no país, pois atuou de forma a [...]