A presente obra analisa de que forma os direitos à saúde e ao lazer dos trabalhadores pode ter sido afetado pelas intensas transformações dos modelos de produção e de acumulação de capitais experimentadas no mundo desde o penúltimo século. Para isso, parte de uma contextualização acerca dos modelos de produção e suas transformações ao longo da história do capitalismo, abordando alguns aspectos políticos, econômicos e sociais relevantes, com enfoque no fenômeno da externalização produtiva, para após definir os conceitos de direito à saúde e direito ao lazer do trabalhador analisar as influências da externalização produtiva sobre os referidos direitos, a partir de situações que exemplificam situações de outsourcing e offshoring. O estudo não para aí: na sequência, a autora expõe as suas impressões críticas quanto a tais influências e quanto à necessidade de uma tomada de posição relacionada ao fenômeno, que cuide de assegurar dignidade aos trabalhadores, relacionando-o com as dinâmicas produtivas da pós-modernidade, com ampla influência sobre a vida, os direitos humanos, e a realização do projeto de vida de todos os cidadãos que trabalham e que podem, direta ou indiretamente, ser negativamente afetados.