Ao longo dos últimos anos estabeleceu-se um firme conceito na medicina moderna: o conceito das doenças cardiometabólicas. Tal conceito surgiu da constatação epidemiológica entre obesidade e diabetes e, mais tarde, obesidade e risco cardiovascular. Os estudos enveredaram para os prováveis mecanismos fisiopatológicos, entre os quais a resistência à insulina ocupou um lugar capital, que a associava a uma constelação de fatores de risco que sugeria uma síndrome, a síndrome metabólica. Dessa forma, evoluiu para um conceito mais amplo, que fica bem abrigado com a denominação de endocardiometabologia. Foi com esse olhar, abrangedor e aberto a novas descobertas e posicionamentos, que surgiu a ideia de lançar um livro com este título, com o objetivo maior de situar o estado da arte da endocardiometabologia.