Em A solidão dos números primos, sua estreia literária, com apenas 25 anos, o escritor italiano Paolo Giordano conseguiu alcançar um equilíbrio raro mesmo a autores experientes: aclamado pela crítica europeia, foi recebido de braços abertos também pelo público. O romance recebeu o Stregga e a menção honrosa do Campiello, os dois prêmios mais importantes da Itália, onde já foi lido por mais de um milhão e 300 mil pessoas marca que o elevou ao topo da lista dos mais vendidos. Traduzida em mais de vinte países, a obra chega às livrarias brasileiras pela Rocco e Giordano vem ao Brasil, em novembro, para lançar o livro e participar da Feira do Livro de Porto Alegre. A narrativa é uma pequena coleção das dores de uma juventude a qual Giordano conhece bem. Ao se concentrar na história de Alice e Mattia, o autor retrata a pequena burguesia italiana de 1983 a 2007. Dois acidentes dão a partida à história: Mattia é um pequeno gênio da matemática. A caminho de uma festa, deixa a irmã gêmea, de quem se envergonha por ser autista, sozinha numa praça e nunca mais a vê; Alice, por sua vez, fora forçada pelo pai a ser uma grande atleta até que, num treino, uma queda muda sua vida para sempre. Marcados por suas próprias tragédias e um sentimento permanente de inadequação, os dois protagonistas conduzem o leitor, em meio ao olhar aguçado de uma e as hipóteses lógicas do outro, por uma trama que fala de solidão de forma densa e sensível.