Em 'O homem que amava comidas', o cozinheiro chef internacional Luiz Fernando Escouto revela como fez para expressar todo o amor que sente por sua filha. O livro é voltado para o público infantil, por conta das animações e do breve diálogo. A obra tem um tom bem humorado e mostra a real essência da família - o amor. 'Era uma vez um homem... O homem tinha uma filha... A filha amava o homem... E o homem amava comidas.' Na história contada por Escouto, a menina ama seu pai, ele ama comidas, porém tem dificuldade em dizer a garota que o sentimento era recíproco. Foi quando ele teve a ideia de utilizar a cozinha como algo atrativo para a filha. Seu repertório gastronômico é vasto, prepara iguarias de diversas culturas, com ingredientes variados. 'A hora da refeição é o momento em que há o olho no olho, é o momento em que a gente se depara com a família em torno da mesa, o que possibilita o fortalecimento dos vínculos', explica Escouto. 'Na cozinha, preparava sopa de capeletti, pães de mel, saladas com hortaliças e frutas, peixes assados, carnes grelhadas, massas com ervas, sucos aromáticos, enfim comidas de diversas culturas!' O livro mostra que às vezes, o amor pode ser lembrado e demonstrado através de atos, cheiros, olhares, texturas, abraços e conversas. 'O momento de refeição é um pretexto para nos relacionarmos e expressarmos o quanto nos amamos', diz. Por isso, o personagem ensina à filha a importância de saborear e sentir o aroma de cada alimento. Apesar das comidas serem feitas para a garota, sempre que outras crianças frequentavam a casa havia um banquete, o que as atraiam de volta para saborear as delicias que ele preparava. 'As comidas eram feitas para a família, mas quando as amigas e amigos de sua filha chegavam, eram convidados a comer. Eles comiam e brincavam... riam e brincavam... e voltavam a comer...'