Umberto Eco é, para além de simpático e bem-humorado, um grande conversador, três características que fazem dele um italiano típico. Fala pelos cotovelos e não parece apreciar os momentos de silêncio, que se esforça por preencher. "Estive três vezes em Portugal", diz. "A última foi quando houve aquele grande incêndio no centro de Lisboa, não sei se se lembra…" O incêndio do Chiado. "Isso! Sabe que adoro livros antigos. Aliás, faço colecção. Pois acontece que descobri naquela zona um alfarrabista com óptimos livros antigos, verdadeiras preciosidades. Comprei alguns e saí de lá todo contente, pensando que quando voltasse poderia adquirir mais. Só que ocorreu logo a seguir o grande incêndio e aquilo ardeu tudo. Lá se foi o meu alfarrabista!" A grande entrevista literária está de volta. José Rodrigues dos Santos sentou-se com alguns dos maiores escritores da literatura universal contemporânea e falou com eles sobre as suas obras e a arte da escrita. Novas Conversas de Escritores revela-nos as reflexões dos grandes autores do nosso tempo sobre a vida, o mundo e a escrita. Os seus pensamentos desfilaram pela antena da RTP-Informação no mais inteligente programa da televisão portuguesa.