No avanço industrial pós-guerra em meados dos anos 60, começaram a ser produzidos medicamentos com características recalcitrantes ou persistentes, ou seja, compostos orgânicos de difícil degradação, hidrofóbicos e bioacumulativos, apresentando alta estabilidade química, fotoquímica e taxa muito lenta de biodegradação. Os fármacos são ingeridos e excretados pela urina, retornando ao ambiente, inclusive aos mananciais de água potável, que após ser tratada pela estação de tratamento de água, sigla ETA, volta a ser consumida pela população como se estivesse livre desses microcontaminantes emergentes, presentes em diferentes produtos, como medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal, aditivos industriais, retardantes de chama, dentre outros, que possuem efeitos deletérios à saúde humana, animal e aos ecossistemas aquáticos, por causa de seus mecanismos de desregulação endócrina denominados por esse motivo como desreguladores endócrinos, sigla DEs. [...]