Ser poeta em tempos tão cinzas não me parece uma tarefa fácil. Há tempos perdeu-se no próprio tempo a aura sublime da poesia, do encantamento, do querer encantar, do querer cantar - versos, estrofes, rimas, ritmos ou apenas palavras. Do querer quiçá amar as encruzilhadas do cotidiano, ora amenas e tênues, ora frenéticas e contrastada. Mas há ainda aqueles que conseguem extrair do mundo real a fração imaginária de cores, sabores, aromas e imagens necessárias para a reinvenção da poesia e mais que isso, fazer tornar real o fomento da esperança por um mundo melhor. É isso que faz com maestria Fabiano Fernandes Garcez, um artista das palavras, mestre na ordenha seca das pedras do cotidiano, mestre Midas na arte de transformar o cinza pálido do dia-a-dia, numa rosa cálida de poemas, poesias, historinhas cheias de graça, gracejos, sonhos, cores e sentimentos. Fabiano, além de trabalhar a renovação da realidade através de seus poemas, aborda a vida nova ainda em outra frente: a educação. É um grande professor, amado por seus alunos, adorado por seus colegas e imitado por seus amigos. É um personagem completo da arte de criar alegrias, de construir sonhos e de torná-los cada vez mais palpáveis. Fabiano é em síntese, o que sua obra nos mostra: um plural. Portanto, utilizem-se destas páginas que daqui se seguem para um reencontro sutil com uma vida nova, cheia de novas esperanças, de palavras repletas de conteúdo, de valores que vão da simplicidade da arte à mais complexa riqueza existencial.