São Manuel Bueno, mártir é considerado pela crítica como o testamento espiritual de Miguel de Unamuno, e o seu romance de caráter filosófico e teológico mais bem elaborado. O autor declara ter colocado aí todo o seu "sentimento trágico da vida cotidiana" frente ao inquietante problema da imortalidade pessoal. Consciente da importância da obra, Unamuno declara: "Este pequeno romance será uma das minhas obras mais lidas e apreciadas de agora em diante, como uma das mais características de toda a minha produção literária." Nele, o autor narra o drama de um heroico sacerdote torturado pela sua falta de fé e de esperança que no, entanto, se propõe a consolar o próximo e proporcionar-lhe o consolo e a esperança que ele próprio não possui.